domingo, 17 de agosto de 2014

Vírus

O que são vírus? São seres vivos?
Os vírus são parasitas intracelular obrigatórios. Eles dependem de células de outros organismos para sintetizar suas moléculas e se multiplicar.
Alguns cientistas afirmam que o vírus é um ser vivo, outros discordam dessa afirmação. É uma questão que divide grupos, pois, cada um tem a sua opinião acerca desse assunto, mas não é possível afirmar com certeza se o vírus é ou não um ser vivo.
Algo que diferencia os vírus dos seres vivos é que eles não possuem estrutura celular.

A palavra Vírus significa: Veneno

Os vírus não podem ser visualizados a olho nu, nem a microscópio óptico devido ao seu tamanho. Eles chegam a medir cerca de 20 e  300 nm. Uma exceção é o vírus Ebola que mede aproximadamente 14.000 nm.
O que possibilitou a visualização destes pequenos parasitas foi a invenção do microscópio eletrônico na metade do século XX.

Os vírus são constituídos por pequena quantidade de um tipo de ácido nucleico, o qual pode ser tanto o DNA como o RNA.
O ácido nucleico geral desempenha a função de genoma. O genoma é cercado por uma cobertura proteica chamada de Capsídeo, a qual é formada através da junção de subunidades proteicas menores ou Capsômeros.

A multiplicação viral depende da invasão da célula hospedeira e do domínio de seu metabolismo. A partir de uma única célula hospedeira, um vírus pode originar desde uma quantidade pequena até milhares de partículas virais.
A maneira como os vírus se multiplicam pode variar de acordo com a espécie viral. No entanto, o processo multiplicativo mais conhecido é o dos bacteriófagos.

O que são Bacteriófagos?
Os vírus bacteriófagos, ou fagos, são aqueles cujo DNA ou RNA infectam seres sem carioteca no núcleo, seres procarióticos. Grande parte desses vírus necessita de um envoltório lipoproteico. Muitos tem uma estrutura formada por uma cabeça, onde se encontra o ácido nucleico envolvido pelo capsídeo, e uma cauda. É através da cauda que o bacteriófago se fixa na superfície do hospedeiro procarionte, e perfurando a membrana celular ele injeta seu ácido nucleico.

Existem dois ciclos. O Lítico e o Lisogênico.
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, e todas as funções normais dela são interrompidas com a presença do ácido nucleico do vírus. O ácido nucleico que pode ser tanto RNA como DNA, controla a produção de proteínas que constituirão o capsídeo. Com a organização dos capsídeos envolvendo o ácido nucleico são gerados novos vírus, que rompem a célula dando origem a novos bacteriófagos.

No ciclo lisogênico, o vírus invade a célula, onde o DNA do vírus incorpora-se ao da célula, ou seja, agora o DNA do vírus passa a fazer parte da célula infectada. Mesmo infectada, a célula continua suas atividades normais, e quando se divide, o material genético da célula e do vírus são passados para as novas células, células filhas. A célula infectada transmitirá o DNA viral para as demais sempre que se dividem.

Infecção é a invasão e proliferação de um microrganismo patogênico em um ser vivo.
Infecção, ao contrário do que muitos podem pensar, não é sinônimo de doença, pois nem sempre ela causa danos ao hospedeiro, mesmo que o patógeno seja virulento.
O resultado da infecção depende tanto da capacidade do parasita de causar danos ao hospedeiro, como da defesa imunológica do indivíduo infectado.

Algumas das doenças causadas por vírus são:

Dengue
É uma doença causada por quatro diferentes tipos de arbovírus.
O principal transmissor da dengue aqui no Brasil é o mosquito Aedes aegpyti. Após picar um indivíduo contaminado e depois da incubação, o mosquito transmite o vírus para o resto da sua vida.


A dengue se apresenta nas formas clássica e hemorrágica.
Os sintomas da clássica são febre, dores musculares e de cabeça, aparecimento de manchas avermelhadas na pele. A clássica raramente leva pessoas a óbito.
A dengue hemorrágica é mais perigosa, pois o risco de levar o paciente a morte é maior do que na clássica.
Não há vacina contra a dengue, o único meio de evitar a doença é o combate ao mosquito transmissor.
Existem medidas que podemos tomar para evitar que o inseto se multiplique, contaminando pessoas.
Devemos manter bem fechadas as caixas d'água, evitar acúmulo de água em vasos e em outros recipientes, entre outros meios que temos para evitar a reprodução do transmissor.

Poliomelite
Também conhecida como paralisia infantil, a poliomelite pode ser transmitida principalmente por contato direto entre pessoas, mas pode haver contagio a partir de água e alimentos contaminados, principalmente em áreas de condições precárias.
O principal sintoma é a flacidez muscular dos membros inferiores que pode gerar atrofias musculares.
Não há um tratamento específico para poliomelite. Os pacientes devem ser hospitalizados, e as condutas variam de acordo com cada caso. A vacina contra poliomelite garante imunidade e impede que o vírus se multiplique.

Aids
Aids, ou Síndrome da imunodeficiência adquirida causada pelo retrovírus HIV.
Ela é um síndrome, pois se trata de um conjunto de sintomas relacionados a diminuição de uma determinada célula sanguínea que protege o organismo. Essa célula é destruída pela ação do vírus. Por esse motivo o imunidade do portador tende a cair. Quanto mais evoluída esta a doença, menor a capacidade de reação do organismo infectado. É uma síndrome adquirida, pois diferente de outras imunodeficiências, esta é adquirida por algum fator externo, não se pode nascer com ela.
Uma pessoa manifesta a Aids quando o vírus já causou danos suficientes ao seu sistema de defesa. Nas fases mais avançadas é comum o surgimento de doenças oportunistas como pneumonia, tuberculose, entre outras.
Atualmente não há vacinas contra o HIV. Mas há prevenção.

Febre Hemorrágica Ebola
Causada pelo vírus Ebola, é uma doença que desencadeou uma epidemia na África.
O Ebola é transmitido pelo contato com o sangue, secreções respiratórias ou outros fluídos corporais de seres humanos ou de animais infectados.
Os sintomas são dores musculares, febre acima de 38,3°C, lesões na pele e sangramento pelos olhos, boca e nariz.
Mesmo com o avanço tecnológico e científico, ainda não há vacinas nem um tratamento específico contra o vírus Ebola. Há um tratamento que embora não cure o indivíduo, visa mante-lo hidratado e alimentado. Os indivíduos infectados são mantidos em isolamento no hospital recebendo analgésicos que visam amenizar os sintomas e também o isolamento busca evitar o contagio para que outros não sejam infectados.

Os vírus, embora causem doenças em animas, plantas e até mesmo nos seres humanos, podem nos beneficiar, se manuseados corretamente. A biotecnologia vem buscando fazer de determinadas espécies de vírus, grandes aliados, um exemplo disso é o vírus do mosaico do tabaco, o qual a biotecnologia visa modificá-lo geneticamente para que, ao seu inoculado em plantas, este vírus as induza a produzir e acumular um inseticida natural que elimina os insetos que consomem suas folhas.

domingo, 10 de agosto de 2014

Armas Biológicas

Armas biológicas são armas constituídas por microorganismos patogênicos como os fungos, vírus, bactérias ou outras toxinas.
São tão temidas quanto as armas químicas, que usam substâncias tóxicas como gases mortais criados em laboratório.
As armas biológicas podem contaminar tanto seres humanos como animais e vegetais, levando o indivíduo contaminado a morte em determinados casos. Estas armas podem também ser usadas como armas de guerra visando incapacitar ou destruir oponentes.
Existe uma espécie de bactéria denominada Bacillus anthracis, esta é comum na natureza e infecta bois e ovelhas. A espécie também é conhecida como antraz.
O ser humano também pode ser infectado por esse ser procarionte através do contato com a pele, por inalação ou ingestão.
O contato direto com a bactéria não oferece um risco tao grande quanto a inalação da mesma. 20% dos casos não tratados com medicamentos quando a bactéria entra em contato com a pele são fatais.
Quando inalada a bactéria, o primeiro sintoma a surgir é uma simples gripe que em seguida gera uma contaminação pulmonar e se dispersa pela corrente sanguínea, liberando componentes tóxicos que levam o indivíduo a morte em questão de horas.
Para eliminar os esporos de antraz do ambiente é mister que tudo seja esterilizado com produtos químicos como o formol ou incinerado. O Governo Britânico levou cerca de quatro anos para limpar uma área de testes com antraz durante a Segunda Guerra Mundial.


Auxilio: Beatriz Alves.