segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Reino Plantae

O Reino Plantae é constituído pelas plantas. Existem milhares de espécies de plantas espalhadas por todo o nosso planeta. As plantas são seres eucariontes, pluricelulares, autotróficos e fotossintetizantes.

As plantas estão presentes em nossa alimentação, em nossas casas, e até no caminho o qual fazemos para nos dirigirmos a algum local com certeza veremos algum vegetal.

As plantas tem um papel de extrema importância na produção de matéria orgânica e oxigênio. No entanto, muitas atitudes do ser humano tem gerado um problema que muito nos preocupa que é a destruição da fauna e da flora. É realmente difícil de entender que o homem está destruindo algo que lhe fornece 'oxigênio', essencial para toda criatura.


Atualmente, há cerca de 280 mil espécies de plantas e elas se dividem em quatro grupos, os quais veremos logo a seguir.

Briófitas
As briófitas são plantas pequenas como os musgos e as hepáticas.

Abaixo, musgo sobre rocha próxima a um rio.

Essas plantas são encontradas em locais úmidos e sombreados. São plantas de pequeno porte por não terem vasos condutores.
Geralmente, grandes plantas possuem vasos condutores, o que leva a água e nutrientes para as suas folhas.
Entretanto, este não é o caso das briófitas, elas são avasculares (sem vasos condutores). Sem vasos condutores elas não poderiam levar os nutrientes para o restante da planta.
As briófitas dependem da água para a sua reprodução, e por essa razão não chegam a ultrapassar alguns centímetros de comprimento. Mas, dependendo do lugar, podemos encontrar 'tapetes de musgo', onde a briófita cresce a ponto de ultrapassar alguns metros de comprimento, como na imagem abaixo.

                         
Musgo crescendo sobre rochas.

Tapete de musgo sobre tronco.
                                                             
Musgo crescendo sobre um tronco.


Organização corporal das briófitas
As briófitas não tem folhas, elas possuem filoide,
As briófitas não tem raiz, elas possuem rizoide,
As briófitas não tem caule, elas possuem cauloide, 
No esporófito as briófitas tem o haste que sustenta a cápsula a qual libera esporos.




Ciclo de vida das briófitas
A fase sexuada inicia-se com a produção dos gametas nos gametófitos, que são haploides. Em geral os gametófitos apresentam sexos separados, ou seja, são dioicos.
O gameta masculino, denominado anterozoide, é formado em uma estrutura especial chamada de anterídio. A presença de água para a reprodução é necessária(como a foi citado acima), para que o anterozoide com flagelos possa se locomover em meio líquido. O gameta feminino, a oosfera, é formado no interior de uma estrutura pluricelular, o arquegônio. Em presença de água, o anterozoide se locomove em direção á oosfera, fecundando-a. Desse processo surge um zigoto, o qual da origem a um esporófito jovem diploide. 


A fase assexuada inicia-se no esporófito maduro. Os esporos são formados dentro de estruturas denominadas esporângios, coberta por uma espécie de tampa chamada de caliptra. Nos esporângios ocorre a meiose. Quando completamente maduros, os esporângios rompem-se liberando esporos que podem germinar e originar novos gametófitos, reiniciando o ciclo.


Pteridófitas
As pteridófitas são plantas um pouco mais desenvolvidas que as briófitas. Elas apresentam algumas semelhanças com as briófitas, como a necessidade do ambiente úmido para reprodução.
Essas plantas são vasculares, por isso não precisam ser pequenas para estar sempre em contato com a água, pois os vasos condutores fornecem a planta os nutrientes necessários.

Abaixo, samambaia arborescente.

Há cerca de 13 mil espécies de pteridófitas dispersas pelo mundo todo, nos mais variados ambientes. São conhecidas espécies aquáticas, terrestres, trepadeiras e também epífitas. Em relação ao tamanho dessas plantas, existem representantes pequenas como a aquática salvina e grandes árvores com mais de 10 m de altura.  
Entre as pteridófitas estão as samambaias, as cavalinhas, os licopódios e as selaginelas.

Organização corporal das pteridófitas
As pteridófitas são plantas avasculares. O surgimento de um sistema especializado no transporte de nutrientes permitiu as plantas atingir tamanhos maiores como já havia mencionado no início.
As pteridófitas se diferenciam das demais plantas vasculares pela ausência de flores e sementes. As estruturas presentes nas pteridófitas são raízes, caules e folhas.
Os caules das pteridófitas denominados rizomas, em geral são subterrâneos. Há também algumas pteridófitas as quais tem caules aéreos. 

Ciclo de vida das pteridófitas
Assim como acontece nas briófitas, os gametas das pteridófitas também necessitam de uma meio aquoso para poder fecundar a oosfera.
O gametófito o qual recebe o nome de protalo, é clorofilado e pode ser monoico ou dioico.
O esporófito, fase duradoura do ciclo, apresenta esporângios, nos quais são produzidos esporos. Em algumas pteridófitas, os esporângios ficam reunidos em conjuntos chamados de soros.

A imagem abaixo mostra uma pteridófita. Note que em suas folhas existem várias bolinhas marrons, esses são os soros, o conjunto de esporângios.

As pteridófitas são denominadas isosporadas quando os esporos produzidos são idênticos, e heterosporadas quando os esporos são de dois tipos: um maior (conhecido como megásporo)
e um menor (micrósporo). 
A reprodução ocorre quando os soros liberam o esporângio, que libera os esporos, em seguida vem o protalo. O anterozoide sai do anterídio e vai até a oosfera onde a fecunda para gerar uma nova planta.

Gimnospermas
As gimnospermas são vasculares como as pteridófitas. No entanto elas apresentam algo novo. Essas plantas possuem sementes, algo que nem as briófitas e as pteridófitas tinham.
Essas plantas são mais desenvolvidas que as pteridófitas, pois elas não mais necessitam diretamente de água para se reproduzir como é o caso das plantas anteriores. 
O embrião dessas plantas se desenvolve dentro da 'semente'.

Abaixo, algumas gimnospermas.

A palavra gimnosperma vem do grego e significa 'semente nua'. Isso se deve ao fato de que as sementes destas plantas estão 'nuas', visíveis, sem um corpo para envolve-las ou esconde-las, diferente das angiospermas (grupo de plantas o qual veremos posteriormente) que possuem o 'fruto' que envolve a semente.

Abaixo, imagem de araucárias ou pinheiros-do-paraná.

Abaixo, outras gimnospermas.

As estruturas reprodutoras das gimnospermas se reúnem quase sempre em 'estróbilos'. Em algumas espécies, os estróbilos são conhecidos como pinhas ou cones.

Abaixo, um estróbilo (ou uma pinha) junto a um fungo.

As folhas das gimnospermas podem ter inúmeras variações de formato, tamanho e cor, porém as mais comuns são as folhas alongadas em forma de agulha, denominadas folhas aciculadas. De algumas folhas se extraem óleos aromáticos e medicinais.



Ciclo de vida das gimnospermas
Explicarei o clico de vida das gimnospermas com base na reprodução de uma araucária onde as plantas são dioicas.
Os elementos reprodutivos das gimnospermas são formados em estruturas denominadas estróbilos. Os estróbilos são os esporófitos e se desenvolvem no indivíduo já adulto. O estróbilo feminino é maior que o masculino. No estróbilo masculino formam-se esporângios chamados de microsporângios. Através da meiose, cada saco polínico produz micrósporos, os quais se desenvolvem em grãos de pólen. No estróbilo feminino, (maior que o masculino) formam esporângios denominados megasporângios, que por meiose, originam os megásporos. 
O megásporo fica localizado no interior do esporângio feminino, formando uma estrutura conhecida como óvulo. Este contém, em seu interior, o gametófito feminino, o megaprótalo. No interior do gametófito feminino será formada a oosfera, o gameta feminino. 
O gametófito masculino  é o grão de pólen em germinação, o microprótalo. Nessa estrutura acontece a formação dos gametas masculinos da araucária, os núcleos espermáticos.
Até aqui, é possível observar os nomes das estruturas geradas nos estróbilos ou gametas masculinos e femininos. Sabemos que o estróbilo feminino é maior que o masculino, por essa razão as estruturas femininas são megasporângios, megásporos. Sempre com 'mega' no nome de suas estruturas.
Nas estruturas masculinas, o micro é ligado ao nome dos esporângios e esporos. Ex: microsporângio. 
No tópico abaixo, eu vou explicar como o encontro do tubo polínico encontrará com o gametófito feminino levará a formação do embrião.

Polinização e fecundação 
Polinização é o transporte do grão de pólen até o óvulo. O grão de pólen da araucária, assim como em quase todas as gimnospermas, é bem leve, e facilmente é transportado de uma planta a outra através do vento.
Uma vez dentro do óvulo, o grão de pólen desenvolve-se e dá origem ao tubo polínico. Dentro do tubo polínico há dois gametas masculinos, que são núcleo gaméticos haploides. Esses núcleos espermáticos são como os anterozoides encontrados nas briófitas e nas pteridófitas. 
Somente um desses núcleos espermáticos vai fecundar a oosfera. O outro consequentemente morre. A fecundação da origem ao zigoto, que, após sucessivas mitoses, origina o embrião.

Germinação da semente
Após a fecundação e a formação do embrião, o óvulo se transforma em semente. Como eu havia citado ao inicio deste tópico que trata das gimnospermas, essas plantas apresentam algo novo, algo que nem as briófitas, nem as pteridófitas possuíam, que é a 'semente'. A semente desempenha um papel importante, ela protege o embrião, que dará origem ao futuro esporófito.
A semente é constituída por três partes. O tegumento, o embrião e a endosperma. 

Angiospermas
As angiospermas formam o grupo mais desenvolvido de todas as plantas. Nesse grupo as plantas apresentam vasos condutores, flores, sementes e os frutos. 
Esse é o maior grupo de plantas, o qual estima ter cerca de 250 mil espécies.

A novidade das angiospermas é que elas apresentam o fruto e a flor. Assim como a semente protege o embrião, o fruto tem o papel de proteger a semente, digamos que seria uma armadura para a semente. A palavra 'angiosperma' vem do grego e significa 'urna semente' ou 'semente urna' que se refere ao fruto que seria como uma urna para a semente.
O fruto também auxilia na dispersão da semente para locais diferentes, o que reduz a competição por água e nutrientes e também permite que a espécie colonize outras áreas.

O fruto é bem dividido, e é formado pelo epicarpo que é a parte externa do fruto (a casca) o mesocarpo, o meio do fruto, e o endocarpo que é a parte que fica em contato com a semente.

Abaixo, um abacate.

Abaixo, um tomate.

Os frutos podem ser classificados em frutos carnosos, secos e até pseudofrutos.

Uma flor completa apresenta uma haste (pedúnculo), que a prende ao caule, e uma dilatação (receptáculo) na extremidade dessa haste, que serve de base de inserção a círculos de folhas modificadas (verticilos). No receptáculo ou em outras partes formam-se os nectários, responsáveis pela produção do néctar consumido por animais polinizadores.


Abaixo, as partes de uma flor.






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